Um colega dos meus tempos da escola secundária, por volta da década de 80 do século passado, ao ler algumas destas tiras disse-me. “Nós na altura também éramos assim.”
Pooooois... Sim e não.
Há diferenças.
Nós quando andávamos na escola não passávamos 24 horas por dia agarrados a um ecrã portátil.
OK, está bem, ainda não existiam. Mas há mais diferenças.
Quando falhávamos alguma resposta por incapacidade de processamento ou por ignorância tínhamos vergonha. Hoje, por exemplo, não é raro depararmo-nos com miúdos do secundário que não sabem quanto é 18 a dividir por 3. E o problema não é o não se lembrarem da papagaiada da tabuada. É pior. Não sabem como lá chegar. E a coisa não fica por aí. Nem tentam lá chegar, nem se preocupam e ainda se riem enquanto pegam no telefone esperto e fazem a conta (18 a dividir por 3, repito) na calculadora.
Nós, naquela altura, fazíamos de tudo para sair do ninho.
Hoje, muitos dos actuais adolescentes ainda nem sequer saíram do ovo.
Mas aí, a culpa não será exclusivamente deles...
Autor: Álvaro
Ano: 2018
Editor: Insónia
Preto e branco. 17 x 24 cm. 80 páginas Brochado.
Preço: 11 euros
Encomendas: insonia.edicoes@gmail.com
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